segunda-feira, 1 de abril de 2013

Somos chamados a ser jovens “Franciscos” e “Franciscas” hoje!



Sempre quando falamos em jovem, logo nos vem em mente toda a alegria, energia, superação, dinamismo, vontade de mudar, de buscar o novo, de aprender, de crescer, e tanto mais, o que é característico dele; e de fato, podemos dizer, ainda hoje, em pleno século XXI, encontramos a verdade em tudo isto. Importante é termos a certeza: onde há jovem sempre exala movimento que nos ajuda a desacomodarmo-nos e a colocarmo-nos em missão. Ele nos desperta, nos desacomoda!
Em tempos onde tudo muda muito rápido precisamos ser rápidos também. Neste corre-corre da vida, não podemos negar, muitos valores significativos podem acabar ficando pelo caminho, e que, por um motivo qualquer, não conseguimos mais os encontrar. O mundo que vivemos hoje é, acreditamos, também da subjetividade e de, consequentemente, uma crise de  “morte de sonhos”; por não sabermos onde queremos chegar, muitas vezes, acabamos caindo dentro de nós mesmos. O poeta já dizia: “quem não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve”. Por isso, devemos todos, principalmente os jovens, sempre estarmos atentos!
Todo o jovem quer ver resultados, ter respostas em seus questionamentos. Portanto, o jovem tem sim, embora muitas vezes se diga o contrário, responsabilidade e muita capacidade de ajudar em nossas comunidades, em nossas paróquias, em nossa Igreja. Ou seja, ajudar nas pastorais, mostrando sua “cara” a toda a sociedade.
Numa visão cristã, o amor, que é próprio de Deus, é que gera a vida. Quem ama, aprendemos isso, sai de “casa”, não se fecha em si mesmo, partilha sua vida, suas experiências, com as outras pessoas. Exemplo disso é o próprio Jesus Cristo, Ele que veio para abrir o caminho da fraternidade, da humildade e da compreensão.
Neste sentido, todos nós, enquanto jovens franciscanos, enquanto família JUFRA, como “bons franciscanos” que desejamos ser, temos, além do desejo, o compromisso e o dever de cultivar e fazer com que outros jovens possam também fazer parte desta família. A JUFRA – Juventude Franciscana – é uma das portas que nos ajuda a refletir, a resgatar valores que estão dentro de cada um de nós; entre eles, a fraternidade, a humildade, a compreensão, os quais se não forem trabalhados podem acabar morrendo. São valores, atitudes, certamente, que vem a partir de uma boa experiência que fazemos, na partilha de vida nossa e de outrem, e a partir da qual toda a vida, nossa ou alheia, se transforma.
Portanto, o carisma franciscano é a oportunidade de deixar que o ideal franciscano enquanto JUFRA, de viver uma vida jovem de fraternidade, simplicidade, humildade, pobreza, partilha de vida, responsabilidade para com o outro e com tudo, possa cada vez mais se fazer presente na nossa vida, na vida de todos os jovens e na sociedade atual.
Para finalizarmos, lembramos do Papa Francisco, em especial da sua opção pelo nome escolhido: “(...) Logo depois, associando com os pobres, pensei em Francisco de Assis. Em seguida pensei nas guerras, (...) e Francisco é o homem da paz. E assim surgiu o nome no meu coração: Francisco de Assis. Para mim, é o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e preserva a criação; neste tempo, também a nossa relação com a criação não é muito boa, pois não? [Francisco] é o homem que nos dá este espírito de paz (...).”
Ele, o Papa Francisco, já está “causando”, despertando na sociedade um retorno para o essencial, para o que realmente precisamos viver enquanto Igreja. Nós, “jufristas”, que já optamos por esta escolha, por, onde estamos inseridos, em nossas famílias, em nossos trabalhos, escolas, universidades, relações, sermos seguidores desse homem que até mesmo o Papa o teve bastante presente em seu início de Pontificado, mais do que nunca, temos um grande desafio pela frente. Sermos “Franciscos” e “Franciscas” hoje, evangelizarmos, principalmente os jovens, vivermos os reais valores evangélico-franciscanos. Coragem!

Frei Aldevir Jandres ( OFMCap )
Assistente Espiritual - Regional SUL 3 - JUFRA